sábado, 13 de dezembro de 2008

COMO UM ENGENHEIRO CONTA HISTÓRIA PARA O FILHO DORMIR

O filho quer dormir e pede ao pai (engenheiro) para contar uma história e ele conta a dos três porquinhos..

"Meu Filho, era uma vez três porquinhos (P1, P2 e P3) e um Lobo Mau, por definição, LM, que os vivia atormentando.

P1 era sabido e já era formado em Engenharia Civil.

P2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos, absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos.

P3 fazia Comunicação e Expressão Visual na ECA.

LM, na Escala Oficial da ABNT, para medição da Maldade (EOMM) era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde 'n' é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e configuração topográfica, localizado próximo à Granja Viana.

Mas, nesse promissor perímetro, P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos.

Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno, que mais parecia um castelo lego tresloucado.

Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana de palha com teto solar, e achava aquilo 'o máximo'.

Um dia, LM foi até a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3:

- 'Uahahhahaha, corra, P3, porque vou gritar, e vou gritar e chamar o CREA para denunciar sua casa de palha projetada por um formando em Comunicação e Expressão Visual!'

Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do CREA já haviam posto tudo abaixo. Então P3 correu para a casa de P2.

Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando:

- 'Abra essa porta, P2, ou vou gritar, gritar e gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de áreas não-reflorestadas e areia de praia para misturar no concreto.'

Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta a baixo por uma multidão ensandecida de eco-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pixando e entoando palavras de ordem.

Ao que segue P3 e P2 correm para a casa de P1. Quando chegaram na casa de P1, este os recebe, e os dois caem ofegantes na sala de entrada.

P1: - 'O que houve?'

P2: - 'LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos.'

P3: - 'Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Comunicação e Expressão Visual!'

Tum-tum-tum- tum-tuuummm! !!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta, meu filho! o som correto não é esse.)

LM: - 'P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do CREA em cima de você!!!, e se for preciso até aquele tal de CONFEA.'

Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquiteto e do...do... comunicador e expressivo visual), LM chamou os fiscais. Quando estes lá chegaram, encontraram todas as obrigações e taxas pagas e saíram sem nada argüir. Então LM gritou e gritou pela segunda vez, e veio o Greenpeace, mas todo o projeto e implementação da casa de P1 era ecologicamente correta.

Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super comum nos contos de fada): ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu até a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadi-la.

Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e ativou uma catapulta que impulsionou com uma força de 33.300 N (Newtons) LM para cima com uma inclinação de 32,3° em relação ao solo.

Este subiu aos céus, numa trajetória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade chegou a zero, a 200 metros do chão.

Agora, meu filho, antes que você pegue num repousar gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8 m/s² e que um lobo adulto médio pese 60 kg, calcule:

a) o deslocamento no eixo 'x', tomando como referencial a chaminé.

b) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão (considere o atrito pela resistência do ar).

Boa noite!"

sábado, 13 de setembro de 2008

Musica Recomeçar - GRAM

Como nós terminamos assim?
Será que o pesadelo não tem fim?
Eu só queria que você soubesse
Que eu ainda penso em você

Quero que controle seus impulsos,
Assim como controla seus ciúmes
Eu sou a escolha do que você escolheu
E depois você se arrependeu

Mas a história ainda continua
Apesar do nosso fim trágico
Nós estamos em conflito
Parece um filme de terror.

Nada do que simples
Situações constantes
Um dia, eu irei te reconquistar,
E tentar apagar os nossos erros

(Eu sei que você ficou pensando)
Como um dia tudo tem fim
Chegou a hora da gente
Recomeçar

No inicio parecia até tudo bem
Mas quando as confusões começaram
Tudo acabou desabando em cima de nós
O tempo passou mas ainda somos os mesmos

Você pensou que eu tinha morrido
Pois saiba que eu ainda estou vivo,
Mais vivo do que nunca
Sempre

sexta-feira, 12 de setembro de 2008


Nossas máscaras caem os disfarces não podem mais cobrir nossos rostos quem foi o primeiro a deixar de usa-las foram tantas que descrevê-las uma a uma não considero possível, não foram apenas máscaras de proteção, tiveram também as que disfarçam e escondem o que somos de fato. E nós encobertos de falsas aparências.
Não me importo com o que digam e façam esta máscara de hipocrisia faz do disfarce um fingimento que se esconde dentro da fantasia. E o alguém tentando ser alguém, nem que seja por um momento é como um palhaço que usa uma mascara no rosto para divertir ao mesmo que seu coração esteja triste e amargurado. Ele faz o publico rir mais por dentro ninguém vê seu coração frustrado.
Não é fácil ter que ser usar uma mascara para esconder a infelicidade mentindo pra si mesmo, dizendo que tudo está perfeito e ocultando o cruel sentimento que lateja em seu peito, que só é despido as vezes na solidão da noite. Agora quem tem coragem de deixar cair as mascaras?

Lagrimas

A lágrimas caem no chão o vento as seca,
As lágrimas tristes que saem de meu coração!

Escrevo, versando a beleza do que já fiz e a tristeza que vivo,
e sou interrompido pela tristeza de meu coração!
Penso... e a cada pensamento as lágrimas molham cada vez mais meu rosto ate caírem novamente no chão e o vento vem e seca,
as lágrimas tristes de meu coração.
Sonhos caem ao chão, o coração que chora em silêncio,
E quando as lágrimas caem e congelam todo o corpo,
fazendo do coração de tanto amou uma pedra de gelo;
Para não sofrer e não chorar, mergulha-se em um sonho buscando a força em seu interior,
Mais isso não derreterá o gelo em seu coração.
E mesmo que nunca deixe de acreditar que o amor e seus sonhos são a única porta para a felicidade

Tormenta

Às vezes meu coração se encontra em meio a tormenta, minha alma em pânico alimenta a tempestade, o corpo em torpor pede a alma no final um pequeno feixe de luz transpassa uma espécie de calma o mal feito está feito, restam os entulhos do pouco que ficou, o acaso se mostra relatando o porque de se sentir tão complicado

Sofremos muito e nisso os versos vem complicados. A tormenta faz os versos falharem, tudo é chuva e o amor uma leve folha de papel e as folhas caídas secam após a tormenta.

Meu sangue vermelho escorre na beleza dada pela paz atemporal que foge leve e lenta por entre as minhas mãos, a liberdade já não me parece uma palavra tão boa de se ouvir, meu corpo quer explodir a vontade de existir se torna diminuta, o amor continua secar.

Tudo aos poucos perde a beleza a tormenta arrasou tudo, minha folha nunca mais será a mesma permaneceram fissuras, pequenos rasgos e um leve amassado causados pela tormenta.

O leve uivo do vento me avisa para reconstruir o que foi destruído pela tormenta, a vontade de abandonar tudo e se lançar nas sombras cresce uma leve adaga começa a ser enfiada no coração, o fluxo da vida vai aos poucos diminuindo estou ficando fraco e a ultima pontada que finalizaria tudo e aparada por um ultimo doce olhar do amor que mesmo envolto em lágrimas me dá força para voltar a razão.

Um beijo antes do adeus me mostra que este não é o fim e sim o começo de toda uma estória escrita em entre primaveras e Invernos, entre dias de sol e dias de chuva. E como toda a estória traz de volta a magia as nossas vidas, bem vindo de volta a magia do amor que enfrenta as tormenta e vendavais e se entorpece na beleza de um olhar e deixa fluir por entre os lábio um doce

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Terceira parte E fim


... Ele quis saber o que havia acontecido no vilarejo e soube que um Dragão havia despertado na montanha, o povo lhe lançava olhares de esperança, e não precisavam palavras lhe dizendo que ele era a esperança daquele povo, sua chegada trouxe alegria, pois ele não era um simples herói, era um cavaleiro da antiga tradição, tinha sido criado para ser um general, mais seus pensamentos vagavam em uma mente perturbada pelo amor ao longe a voz da deusa lhe dizendo que o dragão guardava o que ele procurava mais que este não seria seu ultimo obstáculo, uma criança aparece em sua frente com uma espada e uma pedra de cristal e novamente a voz lhe disse para que levasse a espada e o cristal ao mesmo tempo em que pegava a espada questionava a voz dizendo que não sabia como aquele cristal poderia lhe ser útil.

A voz lhe falou uma ultima vez antes de sumir “sua espada nunca ira ferir o Dragão a espada que esta agora em sua mão se chama Imetrill a espada dos lordes do gelo e o cristal é para seu ultimo desafio, vá agora...” Quando desembainhou a Espada viu um brilho azul em sua lamina e ao olhar o cristal de perto viu algo de dourado dentro do mesmo.

Partiu na manhã seguinte, o cavaleiro já havia enfrentado muitos desafios, de monstros a exércitos, mais seria a primeira vez a combater um Dragão, sua caminhada foi lenta ate o covil da besta, sacou sua espada e rogou aos deuses para que eles jogassem bons dados para ele hoje. A luta épica havia tido um inicio, e por quilômetros se ouviu o estrondo da luta assim como o Dragão o cavaleiro era muito forte, contudo a arrogância do Dragão fez com que a balança inclinasse para o cavaleiro que ao final acertou com sua lamina fria o coração do dragão e em seu ultimo sopro de vida o dragão murmurou que e ele nunca teria o que mais desejava no mundo.

Ao adentrar no cofre onde havia um tesouro inigualável, milhares de peças de ouro, jóias, rubis, esmeraldas, porém o que ele mais desejava não tinha preço e se encontrava no centro de tudo aquilo, correu a seu encontro mais uma sombra estava entre eles, Anabelle com sua espada em punho pronta para enfrentar Marcus, e mesmo se negando a enfrentá-la a luta começou ela o atacava com toda a sua força e ele somente se defendia e tentava desarmá-la. E como naquela época a palavra de um Deus era inquestionável, ela nunca iria perder um luta, e rapidamente desarmou o cavaleiro e quando ia cortar a cabeça do mesmo o cristal caiu de seu bolso e se espatifou no chão gerando uma luz que cegou Belle, neste meio tempo Marcus correu e pegou o coração de pedra e quando a luz terminou, ela caiu de joelhos lhe dizendo em lagrimas “Meu senhor prometo que sempre irei lhe servir, lutarei nas guerras que ordenar ou serei sua serva se assim desejar. Meu corpo e alma são seus agora para o que desejares fazer com eles”

O Cavaleiro encontrou seus olhos e neles viu tudo que ela havia dito era lealdade, devoção, tudo menos o que ele mais desejava. Assim ele segurou apertando bem e lhe entregou a pedra dizendo “Tome meu grande amor isso pertence somente a você”

Belle não entendia o que o cavaleiro estava fazendo e lhe disse “Não entendo! Não era isso que você mais queria?”

A resposta foi rápida “Não eu nunca quis dominar você só queria um pouco de seu amor”. O cavaleiro partiu e nunca mais se teve noticias dele, uns disseram que tentou matar os deuses, já outros dizem que cumpriu sua promessa com a Deusa, mais a verdade ninguém sabe.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Coração de Pedra - Parte II


A Deusa lhe entregou um mapa e sem pensar duas vezes o guerreiro partiu em sua jornada em busca do coração de sua amada, ao mesmo tempo a general invadia todas as terras bárbaras do norte. Seus primeiros dias na jornada foram calmos refrescantes mais a medida que ele adentrava na floresta de Mildar, as arvores cobriam a entrada do sol, e por mais de um mês ele caminhou pela floresta com sussurros e olhos famintos lhe cercando as noites pareciam mais longas e a solidão era uma inimiga certa. Um leve sorriso se deu quando as árvores começaram a ficar mais expassadas, isso era sinal de que as floresta chegava a seu fim mais ao deixar a proteção da mata sua vista esbarrou na imensidão das terras ermas a melancolia escurecia seu coração a única coisa que fazia ele continuar a vencer obstáculos era o amor que sentia. Meses se passaram e ele venceu os perigos das terras ermas, passou fome no deserto da perdição, enfrentou mortos e fantamas dos pântanos dos caídos, mais ao olha as montanhas sanguinárias ele sabia que só faltava enfrentrar a floresta das Brumas.

Ao mesmo tempo em que a Rainha Púrpura chegava a cidade uma sombra vinha da direção oposta, ela encobria pastos e gerava não so pânico como morte, o grande Dragão vermelho pousou na torre mais alta e informou a sua senhora que finalmente um guerreiro que carregava no peito o símbolo de um cavalo branco com o fundo de um azul escuro como a noite estava indo em direção as montanhas e que procurava seu tesouro. Sem pensar duas vezes a orgulhosa guerreira montou no Dragão e partiu.

Os primeiros passos do guerreiro na floresta foram alegres mais a medida que cada passo era dado o peso do ar prensava seus passos, esta floresta exalava o medo em cada ponto que se olhava, não existia som e o silêncio era soberano. Um uivo frio e agudo cortou o silêncio, seu coração batia mais forte a cada momento, seus passos aceleraram pois o ar se tornava escasso e o perigo era evidente, novamente o uivo rompeu o silêncio e desta vez houve muitos uivos de resposta, e rapidamente sentiu muitos olhos vermelhos como o sangue lhe cercando montou em seu cavalo e saiu em disparada logo viu que vários lobos atrás com sede de sangue puxou o arco que carregava e disparou algumas flechas mais elas não tiveram efeito apenas uma acertou um lobo e nem ao menos o parou, pois o mesmo continuava em sua perseguição.

O maior dos lobos pulou sobre ele empurrando o guerreiro no chão e rasgando o cavalo e quase como por impuldo sua lamina estava preparada para a batalha, suas veias pulsavam, seus sentidos se aguçaram e o unico som que ouvia era o da carne de seu companheiro de viagem sendo rasgada. Seu instinto lhe fez correr pois a matilha era grande e a carne muito pouca, logo duzias de olhos vermelhos estavam apontando em uma direção.

Suas pernas lhe levaram ao que parecia uma vila

Suas pernas lhe levaram ao que parecia ter sido uma trilha no meio desta floresta esquecida, assim por alguns minutos correu por aquela trilha até que finalmente viu uma luz pálida ao longe e a medida que se aproximava dos portões viu somente morte e chamas e os lobos já haviam retomado seu rastro e seu uivo sedento de sangue já era ouvido, mais que depressa EUA mão empunhou a espada e pegou uma tocha acesa no chão e os segundos que antecederam a grande luta se constituíram em agonia, mais ele lutou... talvez não tenha sido só por amor, é provável que o seu instinto mais primitivo o da sobrevivência o fez trepassar todos os animais que se aproximavam e aqueles que conseguiam escapar de sua lamina eram queimados pelo fogo da tocha, foi uma noite rubra na qual não se teve medalhas, somente cicatrizes e com a chegada da alvorada sua espada caiu exausta fincada no chão. Se deram dois segundos de alivio quando viu uma sombra por detrás da copa de uma árvore e duas mãos já agarravam o punho da espada quando ouviu novamente a voz suave da deusa por trás dizendo “guarde sua espada grande guerreiro”, e assim saíram os sobreviventes do vilarejo.


Eles lhe agradeceram por lutar contra os lobos e oravam aos deuses por ter enviado o herói para salvar o vilarejo. Mas em seu coração o guerreiro sabia que não havia nada de heróico, foi apenas instinto de sobrevivência e que o motivo de ele esta ali era muito egoísta, mas neste momento preferiu não pensar em mais nada....

Continua...


domingo, 3 de agosto de 2008

Coração de pedra

Há muito tempo, quando o mundo ainda era novo e os contos de fadas faziam parte da realidade, os deuses andavam em meio aos homens, reinos nasciam e desapareciam pela força da espada. Somente um reino se mantinha prospero, Namalkar a terra das planícies, muitos se perguntam como aquelas terras se mantiveram intocáveis por tanto tempo, a cidade não possuía apenas muralhas e torres, possuía um exercito extremamente habilidoso, não possuía apenas armas, possuía os melhores ferreiros e minas de todo o mundo conhecido e finalmente não possuía somente um rei ou conselho possuía sim grandes generais, e a grande família Asloy eram os guerreiros que por séculos defenderam o reino, por nove gerações seus primogênitos eram os grandes generais e defensores da terra das planícies.

Os deuses sempre lançam os dados e da nona geração nasce ANABELLE, o que se dizia entre os reinos que uma mulher que carregava o sangue nobre de conquistadores mais trazia consigo a sina de não poder levar adiante o nome nem a gloria da família. A criança cresceu ouvindo estas palavras pelos cantos e eis que novamente os dados são rolados e em um dia cinza enquanto a linda princesa chorava próximo ao rio, um antigo deus da trapaça corria o mundo como um velho viajante e parou pra ouvir o lamento tão singelo. Ofereceu-lhe uma proposta dizendo que poderia fazer dela uma grande guerreira invencível que nunca iria servir a ninguém a não ser a ela mesma, para isso ela iria perder seu coração e todos seus sentimentos, “uma vida sem amor, raiva ou dor” era o que ele dizia, não sei se pela impulsividade natural da idade ou por opção ela aceitou a troca e assim foi feito ele retirou-lhe o coração.

O velho lhe entregou o coração lhe dizendo quem possuir seu coração será o seu senhor e tu lhe serviras até a morte depois, ao olhar para o coração que aos poucos parava de pulsar para se tornar uma pedra, ouviu as ultimas palavras que o antigo deus lhe diria “guarde num local mais difícil onde nenhum homem nunca ira alcançar”.

E assim ela o fez, ela encontrou a caverna mais profunda onde existia um Dragão que ela derrotou e em vez de matar fez um pacto com ele dizendo que ele deveria proteger a entrada do cofre onde ela deixara seu bem tão valioso e assim foi feito. Ao voltar para sua terra natal viu uma Orda tentando invadir Namalkar a cidade resistiu ao primeiro dia mais o preço pago foi alto, a vida de seu General, mais Belle não perdeu somente seu general, perdeu seu pai!!! A dor que a nação sentiu foi mínima se comparada a que DEVERIA ter sentido, mais seu coração estava a milhas de distância e se não bastasse era uma pedra agora.

Não houve dor para Belle, o único sentimento que sentia era orgulho e vingança, mais seu orgulho fora ferido pela morte de seu pai, então so lhe restava a vingança. A espada que por gerações passava de filho para filho estava nas mãos de sua ultima descendente viva, e ela ao empunhar esta espada dava a Namalkar uma ultima chance de vitoria e lhes dava um general, muitos se negavam a obedecer ordens de uma mulher mais escolhas não haviam mais a cidade estava em cerco e o ultimo portão estava por cair, é engraçado com que as batidas bruscas do aríete* imitavam as batidas do coração de todos naquele lugar, de todos menos de Belle que já não tinha mais coração.

Segundos antes do portão se despedaçar a grande guerreira ecoou sua voz na multidão dizendo “que os deuses lancem bons dados para mim” e partiu em direção ao portão sem esperar que a seguissem e sem olhar para trás, um novo grito de guerra surgiu atrás dela era uma voz conhecida, a voz que tanto odiou por roubar as atenções de seu pai, Ciric este era o capitão que seu pai estava treinando para assumir seu lugar quando ele se fosse.

E os dois lutaram lado a lado, corpos espalhados pelo chão muitos feridos ou outros mortos mais de todas as figuras que permaneciam de pé duas eram magnânimas a de sua General e seu Capitão os dois juntos desde o inicio da batalha. A cidade novamente tinha um general a altura. A grande guerreira deixa o jovem capitão com um novo sentimento que ele ainda não tinha provado... o amor!!! Este sentimento quando é absorvido pela primeira vez pode ter diferentes formas, infelizmente para o guerreiro este sentimento veio amargo, pois para Belle não existia lugar para o amor somente para gloria e orgulho.

O mundo mudou, o antigo preconceito sobre as mulheres era aos poucos deixados de lado o brasão da cidade que antes carregava um cavalo branco com o fundo azul passara a ter um dragão vermelho, e seus guerreiros passaram a ser conhecidos como os Dragões Púrpuras, a antiga cidade que apenas se defendia das hordas expandiu agregando diversas culturas e transmutando o cotidiano, a linda general não se contentava apenas em ter o respeito de todos os reinos ela os dominava.

Marcus esteve a seu lado em todas as conquistas, e já não agüentando levar somente consigo o sentimento que lhe rasgava por dentro revelou seu amor para sua amada, que não só o rejeitou como o expulsou de seu exercito humilhando em praça publica. O cavaleiro amaldiçoou os Deuses e eis que a um dia, passando perto de um templo de Afrodite uma linda jovem de cabelos vermelhos como o fogo, olhos verdes como esmeraldas e pele branca como o mármore veio em sua direção perguntando o por que de tanta tristeza? Não houve resposta e mais uma vez a jovem lhe perguntou se aproximando, a beleza dela eras tamanha que ele não acreditava que pudesse existir algo tão belo como ela, contudo novamente não houve resposta.

O vácuo os separava por quase 3 metros, até que finalmente ela rompeu o silêncio dizendo “Sei o que você quer e sei como conseguir, mais tudo tem um preço”, estas palavras entraram em seus ouvidos mais o órgão que respondeu a elas foi o coração. Para ele não importava o que ela pedisse em troca ele queria somente o amor da linda guerreira. Suas palavras saíram rápido “O que você deseja então linda donzela?”, a resposta foi simples “seu corpo e sua alma irão me servir para sempre caso você não queira o amor que ela pode lhe dar ou no caso de sua morte, trate isso mais como uma aposta de que uma troca de favores”, assim ele aceitou a ajuda.

Ela explicou toda a estória da guerreira, sem omitir nenhum fato dizendo exatamente onde encontrava o coração dela e avisou que o caminho não ia ser fácil e que quando ele estivesse chegando ao local ela saberia através do Dragão, a moça se despediu lhe dando um longo beijo que lhe fez adormeceu e antes dele entrar no mundo dos sonhos ele jurou que a donzela havia murmurado “Boa sorte lindo cavaleiro de Namalkar torço para que você consiga o que deseja” e ele dormiu um sono de rei.

Continua

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Para a minha Pê


Na frieza de meu sorriso pintado, quero que você sempre guarde em seus olhos do meu riso à gota de orvalho que caiu de meus olhos, nosso amor ainda cresce mesmo quando consultamos o nosso catálogo de erros, o perdão é a única coisa que nos resta e tudo isso dá certo, pois nos dois tentamos, nos dois nos amamos e teremos um futuro juntos.
E se um dia fores começar de novo sem contar comigo, quero que você se saiba que valeu a pena todos os momentos que passei a seu lado, que valeu por todos os momentos em que te via, amanhecia uma primavera todos os dias ao olhar seu rostinho de bebê e nos dias de chuva o inverno me tomava por dentro, me machuquei e sobrevivi mesmo nos momentos em que você ia saindo de mim com palavras que feriam de uma forma tão branda e singela, tinha medo que saísse devagar e pra sempre. Mais nosso amor enchugava os olhos e rasgava as trevas, este amor que guardei pra você é tão forte que mesmo o rosto que trazia sinais de que chorava demais, a noite sempre foi meu refugio e algoz, com seus rancores gravados dentro de mim.
Amor, por mais que busque palavras pra explicar este sentimento tão grande e intenso que carrego em meu peito, não as encontro em nenhum dicionário existente, sei que planejamos um caminho diferente, mas ultimamente estar com você é o bastante, descobri em você o carinho meigo e puro das rosas, uma força intensa de viver que afasta a tristeza, descobri em seus olhos o amor adormecido, e o carinho de seus abraços sempre faziam esquecer do mundo real, seus beijos me levaram a paraísos inatingíveis a um reles mortal, e mesmo na ausência de toda esta magia antes de cultivada, percebo que a muito perdi a lógica de meus sentimentos, entrando num mecanismo com uma essência nunca antes sentida, o amor. Ei nunca esconda a tristeza de mim, eu sou acima de tudo seu amigo.
EU TE AMO MINHA PÊZINHA


Bruno Amaro

segunda-feira, 2 de junho de 2008

O Ontem


Se não te amo, por que te quero;
Se não te sinto, por que te espero;
Se não te vejo, por que te enxergo;
Se não minto, por que te renego;

Por que te quero, se não te tenho;
Por que te espero, se tu não vens;
Por que te sonho, se você não me tens;

Se você não é o que quero, por que que te espero

Se me isolo, por que que me apego;
Se me cego, por que te enxergo;
Se me calo, é por que me flagelo;
Se me Controlo, é porque te quero;

Bruno Amaro

sexta-feira, 30 de maio de 2008

O Som do Silêncio


No inicio somente o crepúsculo impõem-se como senhor das terras, aos poucos surgem suas sombras seguidoras inspirando, moldando e corrompendo formas, o silêncio nos cobre com seu manto frio e ecos de palavras a muito ditas dançam em minha cabeça divergindo meus conceitos entre intenção e gesto. A ausência do som se torna um algoz que anda em círculos ao meu redor segundos antes de executar a sentença.

O vento traz sombrias canções que somam-se a imagens distorcidas pela noite gerando formas diversas e assustadoras, não existem palavras de consolo, piadas ou poesias, existe sim o som do silêncio que nos rasga como uma adaga.

O tempo segue e sem que se perceba aparece um fino corte na noite, a lua minguante impõem seu respeito. Como é possível que o doce e terno som do silêncio despreze inúmeras manifestações de ruído numa forma assim tão sutil.

A noite chega a seu ápice e a união de todos os ponteiros do relógio é inevitável, minha mente ainda insiste em definir o silêncio como ausência de som, e esta definição vaga me tortura a ponto de ser rodeado pelos ecos de antigas palavras e torrente e mais torrentes de idéias e definições que variam sobre um mesmo tema mais neste momento o silêncio se torna ensurdecedor e clamo por palavras que não saem e se prendem entre os dentes e fotos na tela do computador revelando o nosso amor me revela que valeu a pena todos os momentos que vivemos, o silencio me consola.

Mais ao olhar para o espelho contemplo o vazio não há como escapar deste universo triste e absolutamente real onde tenho como ultima lembrança e de seus olhos refletidos no espelho despedaçado mostrando os fragmentos de que você foi, é e sempre será para mim. Neste momento a chuva caia como lagrimas de um choro de improviso mas, era aqui por dentro que caia a verdadeira tormenta.

Percebo que a beleza que nos apaixonou desde o inicio é a certeza de nada se tinha e o “talvez” que tornava a vida um pouco mais de esperança e rever sua inigualável beleza pálida em contraste com seus cabelos escuros me encanta a cada fechar de olhos onde tenho sua imagem triste pois, você não esta em seu devido lugar que é ao meu lado.


Bruno Amaro